Introdução

Por mais surpreendente que possa parecer, o fato é que de um modo geral a tecnologia que ainda é aplicada na Gestão de Materiais MRO/Indiretos é coisa de meados do século passado. Isto mesmo, tecnologia dos anos 1960. Veja como isto é possível e quanto sua empresa pode estar perdendo pelo desconhecimento deste fato.

Tecnologia Convencional versus Tecnologia Avançada

Em linhas gerais as tecnologias de Gestão de Materiais MRO/Indiretos podem ser divididas em duas abordagens com características completamente distintas, uma atrasada e superada há muito tempo, a convencional, e outra refinada, a avançada.

É curioso, mas quase sempre quando fazemos uma exposição comparando essas duas tecnologias muitos ouvintes tendem a pensar que estamos falando a respeito de uma perspectiva diferente de um mesmo problema, o que não é verdade.

Por exemplo, não é incomum ouvirmos argumentos do tipo: “O bom é inimigo do ótimo” ou “Aqui na empresa usamos curvas ABC e XYZ”.

Veja bem, se os níveis de estoque na sua empresa ainda são determinados em função de tais curvas ou a percepção é que a tecnologia convencional é satisfatória, preste bem atenção no que é apresentado a seguir e tire suas próprias conclusões.

Tecnologia Convencional

Neste caso, o método usado para alcançar uma performance desejada para o estoque como um todo é fazer com que cada item individualmente iguale ou supere a referida performance (nível de serviço ou fill rate igual a 95%, por exemplo). Para fazer isso não é necessário saber qual é o custo de cada item; basta apenas calcular o nível de estoque para a performance desejada, isto é, economia (custo) não entra na equação.

Para que se possa ter uma ideia do que isto significa, suponhamos dois itens, A e B, com as mesmas características de consumo, tempo de reabastecimento e criticidade; a única diferença é que enquanto o item A custa R$1.000, o item B custa R$10.

Observe que apesar da diferença de 100 para 1 (1.000/10) em termos de custo, pela tecnologia convencional seria atribuído a esses dois itens um mesmo nível de estoque.

Isto acontece porque os itens não competem entre si para ver quais proporcionam melhor relação de custo-benefício, isto é, o nível de estoque de cada item é determinado independentemente dos demais. Em outras palavras, é como se não houvesse limitação orçamentária para investimento em estoque (budget limit) e, mesmo que houvesse, a tecnologia convencional não consegue determinar entre os milhares de itens candidatos a um lugar no estoque quais devem ser os escolhidos.

Para seu conhecimento, informamos que todos os ERPs – qualquer um, nacional ou importado, inclusive o SAP – e todas as ferramentas convencionais de otimização de estoque ainda fazem uso da tecnologia convencional.

Tecnologia Avançada

Em meados dos anos 1970 o Departamento de Defesa (DoD) dos Estados Unidos observou que os custos com estoques de materiais sobressalentes mostravam-se fora de controle e economicamente inviáveis. Essa desconfortável e indesejável situação levou o governo americano a fazer significativos investimentos em pesquisa que resultaram no desenvolvimento de uma nova e revolucionária tecnologia, conhecida internacionalmente como System Approach ou também como Multi-Item Optimization.

Essa tecnologia era desconhecida fora da esfera militar até os anos 1980. A partir dos anos 1990 foi expandida para outros segmentos a exemplo de fabricantes de sistemas de defesa, aviação comercial, ferrovias, metrovias, geração de energia e, mais recentemente, em plataformas de petróleo e na indústria automobilística.

Como é de se supor que ninguém – nem mesmo o país mais rico do mundo – tem ou deveria ter dinheiro ilimitado para investir em estoque, a essência dessa tecnologia ocorre na forma de uma complexa sequência de cálculos de custo marginal onde cada item compete com os demais para ver qual proporciona melhor relação de custo-benefício em função de uma performance desejada (budget limit, fill rate etc.).

Em outras palavras, a seleção de quais itens devem ser estocados é feita na base do chamado “bang for the buck”, onde “bang” significa ganho em performance e “buck” significa custo com estoque.

Por exemplo, para cada real ou dólar adicionalmente investido em estoque (custo ou buck) quanto isto resulta em ganho (performance ou bang), se algum, para a empresa?

Para ilustrar sua superioridade quando comparada com a tecnologia convencional, para a mesma performance (nível de serviço ou fill rate, por exemplo) exibida atualmente em qualquer fábrica ou sistema de sua empresa, com a tecnologia avançada é possível igualar ou superar essa performance e reduzir o nível de estoque entre 20 e 30%, além de proporcionar significativos ganhos de produtividade e redução de custo nas áreas de: Almoxarifados, Compras, Gestão de Estoques e Manutenção.

Conclusão

Nosso ferramental analítico faz uso da tecnologia avançada o que provavelmente posiciona a Brasman como única empresa no Brasil a alcançar este diferenciado patamar tecnológico, tecnologia essa que estamos disponibilizando para empresas interessadas em mudar seus métodos e práticas convencionais de Gestão de Estoque de Materiais MRO/Indiretos.

David A. de Castro
Diretor Geral
Brasman Engenharia